| 15/08/2005 18h13min
O presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), acredita que ainda há possibilidade de o Congresso votar, este ano, pontos da reforma política que podem ser incluídos na legislação eleitoral já a partir de 2006.
- Por isso convoquei as lideranças, porque havendo um acordo, será aprovado, tranqüilamente, para que possamos utilizar (as mudanças) para o próximo pleito, avaliou.
Severino Cavalcanti se reuniu nesta segunda-feira, com empresários na Federação de Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e recebeu do presidente da entidade, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, uma proposta para a convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte específica para aprovar emendas à Constituição que permitam mudanças nas estruturas política e administrativa do país.
Segundo o presidente da Câmara, ele e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), vão se reunir nesta terça-feira no Congresso com os líderes dos partidos nas duas casas para discutir as medidas que podem ser tomadas para dar andamento à reforma política. A idéia, explicou Cavalcanti, é definir os assuntos em que não haja divergências para buscar a aprovação mais rápida.
- Vai ter urgência urgentíssima, garantiu.
Entre os pontos que ele defende para a Reforma Política está a fidelidade partidária.
- Temos que acabar com o que aconteceu aqui no Rio de Janeiro. Dezesseis deputados dormiram num partido e acordaram em outro, quer dizer, o travesseiro não ajudou, ou ajudou a que eles aceitassem as propostas que receberam. Fidelidade partidária é importante, disse.
Severino Cavalcanti destacou ainda o financiamento público de campanhas e o código de ética.
- Não podemos aceitar que as empresas que financiam tenham essa história de caixa dois. Nada de caixa dois, afirmou.
Para ele, o financiamento deve ser feito diretamente aos partidos.
Que os partidos usem criteriosamente as dotações que são dadas para os empresários, disse.
As informações são da Agência O Globo.