| 11/08/2005 22h43min
A inesperada aprovação do reajuste do salário mínimo pelo Senado transformou em fiascos dois eventos que já estavam previamente agendados para hoje. O primeiro foi uma cerimônia constrangedora que não pôde ser adiada. Era a primeira reunião da comissão quadripartite encarregada de criar uma política de recomposição do salário mínimo.
A outra saia-justa foi que os ministros Antonio Palocci Filho (Fazenda) e Paulo Bernardo (Planejamento) tiveram de cancelar seminário marcado para sexta-feira com o título A Qualidade da Política Fiscal de Longo Prazo e o objetivo real de dar força à proposta do deputado Delfim Netto (PP-SP) de fixar na Constituição a meta de eliminar o déficit público.
Em nota, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) justificou o cancelamento dizendo que "o posicionamento do Senado estabeleceu neste momento um conflito no debate sobre responsabilidade fiscal, precisamente o ponto em que hoje se pretendia avançar".
Agora, o governo já prepara uma estratégia alternativa para derrubar o valor de R$ 384,29 fixado em votação do Senado hoje.