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Com a reabertura do mercado financeiro nesta quarta-feira, dia 26, depois do feriado de Natal, o Brasil deverá enfrentar o primeiro grande teste depois da decretação da moratória da dívida argentina no domingo. Para analistas, a moratória argentina prejudica o Brasil a curto prazo. Eles esperam algum nervosismo no mercado, mas prevêem que a reação não deverá ser grande. O governo brasileiro também não estima grandes impactos da crise argentina nos indicadores locais, pelo menos nesse primeiro momento. O temor maior é que haja uma retração no fluxo de investimentos para a região.
Para o ex-diretor do Banco Central Carlos Thadeu de Freitas a moratória argentina, por ser uma declaração unilateral, é muito prejudicial ao país e também indiretamente ao Brasil. De acordo com ele, o Brasil não se descolou totalmente da Argentina, já que o risco do Brasil está com mais de 800 pontos acima das taxas de juros do Tesouro norte-americano, enquanto o México está com risco cerca de 300 pontos.
Segundo integrantes da equipe econômica, o ponto principal é a forma como será encaminhada a questão da paridade do peso argentino com o dólar. A primeira análise é que o presidente provisório, Adolfo Rodríguez Saá, prepara o terreno para mudança do regime cambial que tende a ser flutuante. Mas a ruptura total com o modelo atual só é esperada para depois das eleições presidenciais marcadas para março.