| 04/08/2005 10h47min
Os surtos de gripe aviária detectados em várias regiões da Sibéria ameaçam se propagar para a parte européia da Rússia, enquanto as autoridades do país mantêm opiniões divergentes sobre a gravidade do problema.
A médica Elena Doroshenko, chefe de departamento do Instituto da Gripe da Academia de Ciências da Rússia, explica que existe a possibilidade de que o vírus da gripe aviária se espalhar para a parte central do país, mesmo com as rigorosas medidas que estão sendo adotadas nas regiões onde foi detectado a gripe. A médica garante que já foi elaborado um plano de ação para enfrentar uma epidemia e que as autoridades possuem todos os elementos necessários para o diagnóstico da gripe aviária nas pessoas.
Surtos desta gripe, causados por um vírus cujo tipo ainda não foi detectado por análises preliminares, foram detectados nas regiões siberianas de Novosibirsk, Omsk, Tiumen e no território de Altai. A presença do vírus que obrigou as autoridades locais a reforçar o controle epidemiológico e a decretar quarentenas. Elena diz que, após sacrificar todas as aves nas regiões atingidas, não poderão ser criados frangos por pelo menos um ano nos locais.
O chefe do Serviço de Controle Epidemiológico da Rússia, Guennadi Onischenko, declarou que a situação está sob controle e que a gripe aviária não representa qualquer perigo para a nação. Segundo Onischenko, não há necessidade de proibir a saída de produção aviária da região de Novosibirsk e o Serviço de Controle Epidemiológico analisará minuciosamente as quarentenas ou proibições ordenadas em alguns lugares pelas autoridades locais.
A gripe aviária é transmitida às pessoas por contato direto. Dos 15 tipos conhecidos do vírus da gripe aviária, apenas um, o H5N1, pode chegar a ser letal para os seres humanos.
As informações são da Agência EFE.