| 03/08/2005 23h41min
O escritório de advocacia do ex-procurador-geral da República Aristides Junqueira declarou nesta quarta-feira que a quantia sacada das contas de uma empresa de Marcos Valério seria pagamento de honorários por serviços prestados ao PT. O partido nega.
O nome dele e do sócio Pedro Fonseca aparecem na relação de pessoas que receberam pagamentos de Marcos Valério. Foram R$ 545 mil, no ano passado.
Os advogados confirmam que receberam o dinheiro, que seriam honorários por consultoria jurídica prestada ao PT e à secretaria de assuntos jurídicos de Santo André, depois do assassinato do ex-prefeito Celso Daniel. Em nota, a prefeitura de Santo André diz que nenhum contrato foi assinado com o escritório de Aristides Junqueira, mas admite que o advogado era consultado sempre que era necessário defender os interesses do partido.
O diretório estadual do PT confirma a contratação do escritório de Aristides Junqueira. Mas a direção do partido alega que, depois disso, nunca mais teve notícias do advogado. Não recebeu relatórios de serviços prestados, nem cobrança, nem recibos, nem notas fiscais. O presidente do diretório estadual, Paulo Frateschi, que assina a nota, diz que o partido não tem responsabilidade pelos pagamentos.
– E eu não sei de onde receberam. Tenho certeza de que não foi por este serviço porque o serviço não foi feito – afirmou Paulo Frateschi.
No fim da tarde, o advogado Aristides Junqueira divulgou uma nota dizendo que os serviços foram prestados e duraram de setembro de 2002 até dois meses atrás. A nota diz ainda que o contrato foi assinado com o diretório regional do PT, mas quem pagou foi o diretório nacional, por meio de Delúbio Soares.
As informações são de Zero Hora.