| 02/08/2005 09h44min
O dinheiro de Marcos Valério tapava o buraco financeiro do PT. Pelo menos é desta maneira que o advogado do acusado de operar o mensalão, Paulo Sérgio Abreu e Silva, resume as relações entre o empresário e o partido. Em entrevista hoje ao programa Atualidade da Rádio Gaúcha, Silva admitiu que os empréstimos nos bancos BMG e Rural tinham cunho político.
– Não tenho nenhuma convicção formada sobre o mensalão. Mas que era um dinheiro de cunho político, não tenho a menor dúvida. Parte desse dinheiro, foi usada para cobrir os rombos da contabilidade do PT. O partido tinha um gasto maior que a arrecadação. Com o perdão da palavra, era para tapar o buraco do PT – afirma.
Silva descartou a existência de irregularidades nos contratos de publicidade entre os Correios e as agência de Valério – o advogado defende também a SMP&B e Simone Vasconcelos, diretora financeira da empresa.
– Não existe fraude nos contratos com os Correios. Se houve erro ético, foi nos empréstimos com o BMG e Banco Rural – garante.