| 01/08/2005 18h58min
O Ministério Público de Minas Gerais anunciou nesta segunda que vai investigar a possível ligação da morte da modelo Cristiana Aparecida Ferreira com o caso envolvendo o empresário Marcos Valério e o financiamento de políticos mineiros.
Segundo a família da vítima, Cristiana, que supostamente fazia programas para políticos mineiros, tinha o costume de viajar de Belo Horizonte a Brasília e a São Paulo carregando malas suspeitas.
O promotor do caso é Francisco de Assis Santiago, do II Tribunal do Júri. A assessoria de imprensa do Ministério Público de Minas Gerais informou que, nos próximos dias, ele pretende ouvir familiares da modelo. Segundo Santiago, de acordo com depoimentos concedidos em 2002 pela mãe e pelo irmão da modelo, ela viajava transportando malas.
Santiago disse, por meio da assessoria, que decidiu reabrir o caso depois do surgimento das denúncias de que políticos mineiros aproveitaram-se do esquema de financiamento de Marcos Valério já a partir de 1998.
Cristiana Aparecida Ferreira foi encontrada morta em 6 de agosto de 2000, num quarto do San Francisco Flat Service, em Belo Horizonte. Apesar de autodenominar-se modelo, Cristiana teria feito programas com políticos mineiros, entre eles, o ministro do Turismo Walfrido dos Mares Guia.
Na época, foi apontado como assassino Luiz Fernando Novaes Ferreira, um empresário ex-assessor de Mares Guia. Contudo, um inquérito policial concluiu que Cristiana suicidou-se ao tomar um raticida.
As informações são da Agência O Globo.