| 18/07/2005 17h26min
O corregedor da Câmara, Ciro Nogueira (PP-PI), garantiu que não vai assumir qualquer ministério no governo Lula, até porque pretende concorrer nas eleições de 2006. Indagado se a inclusão de seu nome numa lista de 23 pessoas que receberiam o mensalão seria uma forma de minar sua candidatura ao ministério, Ciro Nogueira disse que, se isso for verdade, seria uma molecagem, mas insistiu que não fará parte do governo.
- Hoje o presidente (da Câmara) Severino vai se encontrar com Lula, mas eu não vou ser ministro, até porque sou candidato - afirmou.
Irritado com a inclusão de seu nome numa lista de 23 supostos recebedores de dinheiro que seria pago pelo PT, o corregedor da Câmara, Ciro Nogueira (PP-PI), disse que um bandido apócrifo fez a lista e outro bandido da CPI dos Correios a entregou para a imprensa. Na opinião do deputado, a intenção de quem vazou a lista é desmoralizar a CPI dos Correios numa semana marcada por importantes depoimentos e intimidar a Corregedoria e a presidência da Câmara.
- Eu venho de forma indignada dizer que está se montando uma Operação Pântano, jogando lama em todos os homens de bem, tentando misturar o claro com o escuro, o podre com o são. E faço um alerta: a CPI não pode servir de instrumento a bandido. Foi um bandido apócrifo que fez a lista e um bandido da CPI que vazou. Foi vazada por um canalha. A serviço de quem ele está? Fazer isso às vésperas de depoimentos importantes? Para mim, só tem duas intenções: constranger a Corregedoria, que tem como dever apurar; ou tirar o foco da CPI - afirmou.
Ciro Nogueira disse ainda que seu primeiro ato assim que for instalada a CPI do Mensalão será oferecer a abertura de seu sigilo bancário, fiscal e telefônico à comissão. O deputado classificou como ação terrorista o vazamento da lista.
- A intenção dos bandidos é colocar no bolo da patifaria homens de bem para que se pare com as investigações - protestou.
As informações são da agência O Globo.