A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) dará início nesta semana ao processo de seleção das empresas que farão parte do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE). O ISE vai agrupar as ações de até 40 empresas comprometidas com práticas saudáveis nos campos social, ambiental e financeiro.

Na próxima quarta, a bolsa vai apresentar o questionário que vai medir a sustentabilidade das empresas candidatas a participarem do índice. O documento, elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), entrará em audiência pública na quinta-feira.

Participam do Conselho do ISE as seguintes entidades: Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid), Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), Instituto Ethos, International Finance Corporation (IFC) e Ministério do Meio Ambiente.

Os administradores de carteiras já conhecem bem as empresas com responsabilidade social, uma característica que agrega valor às ações. A novidade será a identificação pública e o agrupamento dos papéis dessas companhias. A vantagem para o investidor não é apenas moral. A explicação é que as empresas mais responsáveis têm menor incidência de acidentes de trabalho e ambientais, por exemplo. Além disso, tendem a ter menor passivo com indenizações e outros gastos.

Algumas empresas já são dadas como certas no novo índice, por serem reconhecidas e engajadas em instituições de defesa da sustentabilidade. Vale do Rio Doce, Petrobras, Natura, CBD, Acracruz, Klabin, Grendene, CSN, Gerdau, Ambev, Embraer e os maiores bancos no país são apontadas pelos analistas de mercado como candidatas a compor a carteira do novo índice.

Segundo a Bovespa, o índice atende a uma demanda crescente no mercado e ainda deverá estimular as boas práticas das empresas.

As informações são da Agência O Globo.