| 13/07/2005 16h59min
O empresário do ramo de jogos eletrônicos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, negou que Waldomiro Diniz tenha continuado a lhe extorquir dinheiro depois de 2002 – quando Diniz passou integrar os quadros da Casa Civil. Cachoeira presta neste momento depoimento na CPI dos Bingos.
Durante o depoimento, o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito dos Bingos, senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), pediu ao empresário que suspendesse a leitura de texto que o depoente havia levado à CPI. A medida baseou-se no artigo 204 do Código de Processo Penal, que impede que depoente traga documento escrito e proceda a sua leitura perante uma comissão parlamentar de inquérito.
Cachoeira afirmou que pode revelar o nome da pessoa que realizou as gravações, no Aeroporto de Brasília, da gravação que mostra o ex-assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz cobrando propina. De acordo com Cachoeira, ao final de todas as conversas Waldomiro pedia R$ 200 mil ou mais de propina.
Depois de informar que nunca teve contato com o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o empresário disse acreditar que o dinheiro recebido como propina pelo ex-assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz ficava com ele próprio e não se destinava ao financiamento de campanhas de políticos.
As informações são da Agência Senado.