| 12/07/2005 11h38min
O novo ministro do Trabalho, Luiz Marinho, defendeu uma maior valorização do salário mínimo. O sindicalista foi empossado no cargo hoje pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e vai substituir o ex-titular Ricardo Berzoini.
Para Marinho, a missão de aumentar o mínimo não entra em choque com a política econômica do governo. Um salário maior, entende, é o caminho para combater a exclusão e provocar distribuição de renda no país.
– O ministro (Antonio) Palocci (da Fazenda) sabe disso – afirmou.
Palocci estava presente à solenidade assim como grande parte do primeiro escalão do governo. Marinho tranqüilizou o sindicalismo, dirigindo-se a presidentes de centrais sindicais, ao afirmar que não será "o presidente da CUT frente ao Ministério do Trabalho".
– Serei o ministro do presidente Lula para encaminhar projetos de governo, dando continuidade ao que já está em andamento – resumiu.
O antigo titular da pasta destacou a conquista da retomada do crescimento na geração de empregos. Berzoini, que agora é secretário-geral do PT, vai voltar à Câmara dos Deputados para reforçar a base do governo.
– A média é de mais de 100 mil empregos formais por mês, marca admirável em qualquer ponto do planeta. E nos últimos meses chegamos à marca de 120 mil empregos formais por mês – comemorou.
O presidente Lula discursou na cerimônia. Ele demonstrou confiança no sucesso do novo ministro e pediu que ele "não invente nada mais do que aquilo que aprendeu na sua vida". Lula disse que Marinho, no governo, tem que representar toda a sociedade, e não apenas o pensamento sindical.
As informações são da Agência O Globo.