| 10/07/2005 21h10min
O eterno embate entre a ala moderada e a mais radical do PT ficou evidente na eleição do atual ministro da Educação, Tarso Genro, para a presidência do partido. Um dia depois da votação, a esquerda petista fez questão de criticar neste domingo a escolha. Em função da falta de diálogo durante reunião da Executiva, toda a ala mais radical do PT optou pela abstenção na eleição de Tarso, na noite de sábado.
O Ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, não escondeu seu descontentamento com a escolha de um integrante do grupo de reúne as correntes moderadas para presidir o partido. Segundo ele, mais uma vez, o “Campo Majoritário tomou a decisão e informou ao partido”. O deputado federal Chico Alencar (RJ) e o estadual gaúcho Raul Pont também fizeram críticas do mesmo tom. Candidato à presidência do partido na eleição de setembro, Pont disse que os grupos minoritários não tiveram oportunidade de propor mudanças na eleição de sábado.
Tarso já colocou entre as suas prioridades no comando do partido, a reestruturação da legenda e a repactuação entre todas as tendências.
Neste domingo, o nova Executiva decidiu criar duas comissões para acompanhar de perto a crise política e fazer uma auditoria nas contas do partido, que tem uma dívida de mais de R$ 20 milhões. O ex-ministro do Trabalho Ricardo Berzoini, que assumiu a secretaria-geral do PT, disse que as contas deixadas pelo ex-tesoureiro Delúbio Soares, pivô do episódio do mensalão, serão analisadas.
Com informações do jornal Zero Hora e Globo Online.