| 08/07/2005 10h44min
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho apresentou uma variação de 0,15% em Porto Alegre. A taxa apresentou redução em relação a maio, quando foi de 0,35%. No Brasil, a taxa ficou em -0,02%, o menor valor registrado desde junho de 2003, quando o IPCA atingiu -0,15%.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), também digulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), teve variação nacional de -0,11% em junho, enquanto que na capital gaúcha ficou cotado em -0,20%. Ambos os valores ficaram abaixo das taxas registradas em maio, de 0,70% e 0,53%, respectivamente.
O IPCA indica que, na média, os preços dos itens de consumo das famílias se mantiveram praticamente estáveis após terem subido 0,49% em maio. Com o resultado de junho, o IPCA nacional acumulou 3,16% no ano, percentual inferior ao de 3,48% registrado em igual período de 2004.
Nos últimos 12 meses o índice acumulou 7,27%. O
percentual é menor que o dos 12 meses
anteriores, que registrou 8,05%. Em junho de 2004, a taxa mensal foi de 0,71%.
Segundo o (IBGE), houve forte e generalizada desaceleração nas taxas de crescimento dos preços no varejo, incluindo queda em itens que detêm larga fatia das despesas do consumidor. A deflação ocorre em razão, principalmente, dos alimentos e combustíveis.
O álcool combustível ficou 8,79% mais barato, devido à redução das cotações da cana-de-açúcar e à concorrência entre postos distribuidores. O produto é responsável pelo principal impacto negativo individual no índice do mês, em torno de 0,09%.
No grupo Alimentação e Bebidas, a queda de 0,67% deve-se ao aumento na oferta de várias lavouras. Alguns produtos como batata-inglesa (-18,74%), cenoura (-16,89%) e tomate (-10,79%) ficaram bem mais baratos do que em maio. Outros produtos, tiveram queda significativa, como as hortaliças (-7,79%), o óleo de soja (-5,21%), do arroz (-4,84%) e do açúcar refinado (-
4,69).
Os artigos de higiene
pessoal também apresentaram idêntica queda em junho, de cerca de -0,63%. O item artigos de vestuário subiu 0,38%, contra uma alta de 1,45% em maio. Da mesma forma, preços de outros itens como eletrodomésticos (de 1,67% para 0,97%) e artigos de limpeza (de 0,69% para 0,47%) reduziram sua taxa de crescimento mensal.
Já os preços administrados não sofreram reajustes expressivos e as tarifas de energia elétrica e ônibus urbanos permaneceram estáveis. No telefone fixo, o reajuste de 7,99% autorizado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para ligações de fixo para móvel não foi aplicado em algumas regiões, e o resultado médio ficou em 0,73%.
O IPCA refere-se às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários-mínimos. O cálculo do índice abrange nove regiões metropolitanas, além do município de Goiânia e de Brasília. O INPC refere-se às famílias com rendimento de até oito salários-mínimos, levando em conta o chefe assalariado e abrangendo
também nove regiões
metropolitanas, além do município de Goiânia e de Brasília.
Em junho, para os dados do IPCA, foram comparados os preços coletados de 31 de maio a 27 de junho (referência) com os preços vigentes entre 29 de abril e 30 de maio (base). Para o INPC, a base de cálculo dos índices de abril levou em conta os preços coletados de 31 de maio a 27 de junho (como referência) com os preços vigentes entre 29 de abril e 30 de maio.
As informações são do IBGE.