| 08/07/2005 00h26min
O empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, acusado de operar o suposto mensalão, cedeu o nome para garantir um empréstimo de R$ 3 milhões feito pelo PT. A informação foi divulgada no final da noite desta quinta no site da revista Época.
A revista teve acesso a um novo contrato envolvendo Marcos Valério e o PT. O empresário já figura como avalista de um financiamento de R$ 2,4 milhões do BMG para o PT.
O documento obtido pela Época mostra que Valério assinou, como avalista, financiamento contraído pelo PT em maio de 2003 no Banco Rural. O nome de Valério não está digitado no contrato, mas a assinatura dele está logo abaixo do nome do tesoureiro licenciado do PT, Delúbio Soares, no espaço destinado aos avalistas. Logo acima, Delúbio assina como contratante do financiamento. À direita, está a assinatura do presidente do PT, José Genoino, cujo nome também não está digitado no papel.
O financiamento com o Banco Rural venceria em 12 de agosto de 2003, 90 dias após sua contratação. A revista obteve ainda cópia de nota promissória que venceria em 12 de agosto de 2004. A nota promissória é de R$ 3 milhões. A Época tentou ouvir Delúbio, Valério e Genoino. Nenhum deles quis comentar, mas prometeram se pronunciar hoje.
O empréstimo tem valor diferente do registrado na prestação de contas entregue pelo PT ao Tribunal Superior Eleitoral, que foi de R$ 3,6 milhões. Teria sido contratado em 28 de novembro de 2003, com vencimento em 16 de dezembro de 2004. A prestação inclui outros dois empréstimos do partido: o do BMG, que também teve Valério como avalista, e um com o Banco do Brasil.
Em depoimento à CPI dos Correios nesta quarta, Valério disse que não havia avalizado nenhum outro empréstimo para o PT, com exceção daquele do BMG.
Com informações de Zero Hora.