| 06/07/2005 11h59min
Com o anúncio feito ontem à noite pelo Palácio do Planalto de que o senador Hélio Costa (PMDB-MG) será o futuro ministro das Comunicações, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu mão de ter em sua equipe o deputado Delfim Netto (PP-SP). Nos últimos dias, integrantes do governo sondaram diretamente Delfim Netto sobre se ele aceitaria um convite para ser ministro do governo Lula.
Delfim respondeu que estaria disposto a colaborar e que aceitaria um convite para o Ministério das Comunicações. Um aliado de Delfim disse que sua escolha se deve a dois fatores: a pasta tem peso político e não tem um dia-a-dia pesado. Explicou que Delfim traria um grupo de empresários paulistas para apoiar o presidente Lula se isso ocorresse.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentou negociar com o PMDB, nos últimos dias, a troca das Comunicações por outra pasta. Mas o partido não aceitou. Por isso, retirou a indicação do atual secretário-executivo das Comunicações, Paulo Lustosa, e apresentou o nome do senador Hélio Costa. Uma frase solta dita, na segunda-feira, pelo irmão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL), ganhou novo significado a partir das tratativas com Delfim. O que ele disse:
– Nós só abrimos mão das Comunicações se for para o ministro Aldo Rebelo.
A outra alternativa de peso que o presidente Lula teria no PP também está fora de cogitação. O deputado Francisco Dornelles (PP-RJ) disse a parlamentares de seu partido que não poderia integrar o atual governo, sobretudo no atual clima de guerra que se estabeleceu entre o PT e o PSDB. Dornelles foi ministro de Fernando Henrique e considera que não seria digno de sua parte calar-se diante de eventuais críticas e ataques que o próprio presidente Lula vier a fazer contra o governo tucano.
As informações são da Agência Globo.