| 05/07/2005 09h09min
No final da negociação da reforma do ministério com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PMDB perdeu ontem uma das quatro vagas que acertara na última sexta: a Previdência Social. O envolvimento do nome do líder do PMDB na Câmara, José Borba (PR), nas denúncias do pagamento do mensalão custou a vaga ao partido.
Além de ver sua cota de poder encolhida, até o início da noite de ontem o governo ainda tinha dúvidas sobre a permanência da legenda à frente do Ministério das Comunicações, para o qual a bancada do Senado indicara o senador Hélio Costa (PMDB-MG).
A única boa notícia para o partido foi um recado do Planalto de que estava de pé a indicação do deputado Saraiva Felipe (PMDB-MG) para a Saúde, no lugar de Humberto Costa, como sugerira a bancada, embora também tenha sido convidado o médico Dráuzio Varela, que não aceitou. Mas 100% mesmo, dizia um dirigente do partido, só o nome de Silas Rondeau, afilhado do senador José Sarney, para Minas e Energia.
Embora Hélio Costa tivesse o apoio unânime da bancada de senadores e insistisse que só aceita participar do governo se de fato puder contribuir em uma área da qual entenda – leia-se Comunicações –, um outro nome permanecia na mesa: o do deputado Delfim Neto (PP-SP), que conta com o apoio discreto do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e que só aceita as Comunicações.
Já para a Previdência, a idéia de Lula é nomear um técnico. Com isso, foi descartada uma segunda indicação da bancada da Câmara com o patrocínio do líder Borba e do atual ministro das Comunicações, Eunício Oliveira (PMDB-CE): a do secretário-executivo das Comunicações, Paulo Lustosa.
As informações são do jornal Zero Hora.