| 05/07/2005 07h36min
Um jantar em Brasília deve reunir hoje boa parte do pensamento econômico de dentro e fora do governo, além de uma parcela considerável das entidades e empresas que formam o Produto Interno Bruto (PIB) do país. A recepção é organizada pelo ex-ministro da Fazenda e deputado federal Delfim Netto (PP-SP) e o assunto principal é sua idéia de zerar o déficit fiscal do país.
Atualmente, o governo brasileiro gera um superávit primário – o que significa que gasta menos do que arrecada, se não forem levados em consideração os gastos com juros da dívida. Apesar de gerar grandes superávits primários, o país continua com um rombo nas contas por causa do gasto com juros. A idéia de Delfim é zerar essa conta.
As metas de compromisso fiscal (espécie de economia de dinheiro que o país se compromete a fazer para pagar suas dívidas) têm como objetivo principal manter a confiança da sociedade e dos mercados de que o país é capaz de pagar o que deve, e reflete significativamente na classificação de Risco País feita por agências especializadas.
O encontro deve reunir pelo menos três ministros: Antonio Palocci, da Fazenda, Paulo Bernardo, do Planejamento, e Jaques Wagner, do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. Além de parlamentares governistas – como os senadores petistas Aloizio Mercadante (SP) e Delcídio Amaral (MS) – e de oposição, como o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).
Também foram chamados os empresários Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Antônio Ermírio de Moraes, presidente do grupo Votorantim, Benjamin Steinbruch, sócio da Vale do Rio Doce, Jorge Gerdau, presidente do grupo Gerdau, Márcio Cypriano, presidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), José Safra, do Banco Safra, o pecuarista Pedro Augusto Ribeiro Novis, Pedro Moreira Sales, presidente do Unibanco, Roberto Setúbal, do banco Itaú, e Rogelio Golfarb, presidente da Anfavea.
As informações são da Agência Brasil.