| 04/07/2005 14h44min
A Associação Rural do Paraguai (ARP) se queixou das barreiras à entrada do gado paraguaio no Brasil e na Argentina, apesar de o país ter o mesmo status sanitário que seus vizinhos. Para a ARP, tais obstáculos são uma violação de normas internacionais.
O presidente da Associação, Alberto Soljancic, afirmou hoje, em entrevista publicada pelo jornal ABC Color, que as autoridades veterinárias argentinas e brasileiras não respeitam os convênios internacionais, assim como o tratado do Mercosul.
Soljancic disse que o Brasil e a Argentina não permitem a entrada de gado em pé, embriões, nem produtos ou derivados de carne, apesar de o Paraguai ter recuperado, em janeiro passado, o status de país livre de febre aftosa com vacinação. Em outubro de 2002 houve um surto da doença, detectado em uma fazenda no leste do país, na divisa com o Brasil.
– As regras internas do Mercosul não têm solução e se internamente entre nós não podemos solucionar nossas diferenças muito menos amanhã vamos poder ir, em bloco, vender carne a outros países – queixou-se o empresário.
Soljancic anunciou que apresentará o problema ao presidente, Nicanor Duarte, em 9 de julho durante a inauguração da XXIV Feira Internacional de Gado, Indústria, Agricultura, Comércio e Serviço, a exposição anual mais importante do país.
O empresário insistiu que nas atuais condições vai ser muito difícil para o Paraguai negociar a venda de carne em condições vantajosas com a União Européia (UE), devido aos inconvenientes que se registram com os países vizinhos.
As informações são da agência EFE.