| 03/07/2005 20h43min
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende anunciar até terça a reforma ministerial. Lula comunicou que devem deixar os cargos os ministros interessados em disputar as eleições em 2006. E adotou o mesmo critério eleitoral para os que vão entrar: não quer futuros candidatos ocupando posições no governo e nas estatais. A resistência do PT em ceder aos peemedebistas a pasta de Saúde, sonho de consumo de qualquer partido, impediram que o presidente Lula concluísse o processo na sexta.
O impasse emergiu depois de o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o senador Sarney terem apresentado os nomes do partido para o ministério. O PMDB indicou quatro nomes para o governo: o senador Hélio Costa (MG), o deputado Saraiva Felipe (MG), Silas Rondeau, afilhado do senador José Sarney (AP) e presidente da Eletrobrás, e Paulo Lustosa, atual secretário-executivo das Comunicações.
Fora do acordo com o PMDB, Lula pretende levar Aldo Rebelo para o Ministério do Trabalho, em substituição a Ricardo Berzoini, que volta para a Câmara. Outra opção é deslocar Rebelo para o Ministério da Defesa, pois o vice-presidente, José Alencar, tem dado sinais de que gostaria de deixar o ministério. Para o trabalho da articulação política, Jaques Wagner pode acumular a função juntamente com as atribuições do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. O presidente da Infraero, Carlos Wilson, ainda resiste ao convite para a Coordenação Política. Pretende ser candidato a deputado federal.
Outra mudança praticamente certa é a saída de Henrique Meirelles do Banco Central. A solução foi estimular sua candidatura ao governo de Goiás em 2006. Assumiria o Banco Central, Murilo Portugal, atual secretário-executivo do Ministério da Fazenda. O presidente Lula avalia ainda trocar o comando de algumas estatais, como a Petrobras, cujo presidente, José Eduardo Dutra, é candidato a senador por Sergipe.
As informações são do jornal Zero Hora.