O primeiro embarque de carne bovina gaúcha para a União Européia (UE) depois dos focos de aftosa no Rio Grande do Sul deve sair até o final desta semana. O presidente do frigorífico Mercosul (Bagé), Mauro Pilz, informa que já existem negócios fechado com Alemanha e Ilhas Canárias. As vendas para a UE, suspensas desde maio, estão liberadas desde sábado.

O dirigente não revela o volume a ser vendido nessa primeira remessa, mas lembra que as exportações para os países integrantes do bloco europeu representavam um faturamento de US$ 1 milhão por mês para o Mercosul até a suspensão das compras. A expectativa de Pilz é de recuperar gradativamente esse mercado.

O diretor do frigorífico Extremo Sul, José Alfredo Knorr, é mais pessimista. O dirigente afirma que o mercado externo está deprimido, com preços baixos em razão da oferta do produto uruguaio – que retomou antes os negócios com a Europa – e pela queda do dólar. A indústria, de Capão do Leão, deve começar a embarcar somente na segunda quinzena de dezembro.

Knorr lembra que, para piorar, a cotação do boi no Brasil Central está mais baixa do que no mercado gaúcho, prejudicando a concorrência. Segundo o dirigente, a arroba (15 quilos) de boi em Estados como Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Tocantins está na faixa de R$ 37 a R$ 40. No Rio Grande do Sul, chega a R$ 45.