| 28/06/2005 22h35min
Arlindo Molina Gonçalves negou hoje, em depoimento à CPI dos Correios, que tenha chantageado o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) para não divulgar uma fita com a gravação do funcionário da estatal Maurício Marinho revelando um esquema de propinas. No vídeo, Marinho envolvia o petebista no esquema.
Molina disse que, em um encontro com o deputado, comentou a existência de "boatos" sobre a fita numa conversa que teria durado menos de dois minutos. Segundo ele, Jefferson havia dito que já tinha conhecimento da fita e que não poderia fazer nada, alegando que muitas pessoas usam seu nome para arrecadar dinheiro.
Molina, que diz ser consultor da Fundação Getúlio Vargas, confirmou, no entanto, que recebeu R$ 20 mil do empresário Arthur Waschek, mandante da gravação da fita, e que seria seu amigo. Esse montante, afirmou o depoente, não teria sido pagamento das fitas, mas sim para cobrir despesas pessoais com banco. Molina teve conhecimento da fita por meio de Waschek.
O encontro com o deputadodo PTB, segundo Molina, aconteceu porque o consultor estava trabalhando num projeto de reforma administrativa da cidade de Belém, administrada pelo partido, então presidido por Jefferson.
As informações são da agência Reuters.