| 28/06/2005 20h59min
As bancadas do PMDB na Câmara e no Senado decidiram nesta terça, por maioria, aceitar a proposta do Palácio do Planalto de apoiar o governo federal. A decisão contraria o diretório nacional do partido, que afirma que não dará apoio institucional a um governo de coalizão pedido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A decisão das bancadas é apoiada por 20 dos 23 senadores e já conta na noite de hoje com a adesão de 51 dos 85 deputados peemedebistas. Parlamentares ligados ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e ao ex-presidente José Sarney, pretendem comunicar o apoio das bancadas ao presidente Lula ainda nesta quarta-feira, sem aguardar o pronunciamento de outras instâncias do partido.
A maioria das bancadas do partido está tomando uma decisão isolada da direção partidária e ampliando a distância entre as alas governista e oposicionista. O acordo deve estabilizar o apoio do PMDB ao governo no Congresso, que vinha falhando principalmente na Câmara.
Para consolidar essa nova situação, o PMDB deve ampliar de dois para quatro sua presença no ministério e espera participar também de um conselho político centrado no Congresso, como propôs Lula. Não será integral, porém, o apoio das bancadas do partido ao governo. O ex-governador do Rio Anthony Garotinho e ex-integrantes do governo Fernando Henrique Cardoso lideram uma parcela da bancada na Câmara, enquanto os senadores são fortemente influenciados por Renan e Sarney.
As informações são da Reuters.