| 25/06/2005 10h02min
O ministro da Educação, Tarso Genro, disse, em entrevista hoje à Rádio Gaúcha, acreditar em sua permanência no cargo titular na pasta. Tarso afirmou que essa expectativa era baseada em conversas com o presidente Luiz INácio Lula da Silva durante esta semana. Com a continuidade de seu trabalho no ministério, o petista gaúcho prevê que não concorrerá ao governo do Rio Grande do Sul no ano que vem.
Tarso explicou que o presidente Lula deixou claro que, quem continuar nos ministérios, terá que permanecer no cargo até o fim de seu mandato.
– Eu disse ao presidente que era indiferente para mim continuar no ministério ou concorrer ao governo do Rio Grande do Sul, no sentido de que o que eu quero é estar onde for melhor para apoiar o partido nas eleições de 2006. Pelas nossas conversas, eu acho que ele vai considerar melhor que eu fique no ministério – afirmou o ministro.
Tarso lembrou que o presidente pode optar ainda por uma terceira opção, onde ele não fique nem na Educação, nem se coloque ao PT para concorrer ao governo gaúcho. Ainda sobre a reforma ministerial, Tarso disse que a entrada do PMDB é institucional e deve dar estabilidade ao governo, e que ele, pessoalmente, defende que o país seja governado por uma aliança de centro-esquerda.
O ministro disse também que acredita que se Aldo Rebelo sair da Coordenação Política, o provável sucessor seja Jacques Wagner, mas Tarso fez questão de ressaltar que só quem sabe as mudanças é Lula.
Sobre as denúncias de corrupção, o ministro da Educação considerou a onda de denúncias como “as dores do parto”. Segundo ele, o trabalho do presidente Lula no combate à corrupção tem sido inédito. Tarso afirmou que, apesar da instabilidade, considera a situação boa para o país, pois a corrupção no Brasil é sistêmica e somente com investigação pode ser erradicada. Além disso, o ministro disse que algumas das denúncias começam a se esvaziar e a cair em contradição, e alguns dos acusados terão a chance de provar sua inocência.