| 23/06/2005 10h45min
Depois da instauração da Comissão de Parlamentar de Investigação (CPI) dos Correios e a possibilidade de haver uma CPI para investigar as denúncias do mensalão, o país pode enfrentar mais uma maré de acusações políticas. Foi determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que membros da CPI dos Bingos, para apurar as denúncias do caso Waldomiro Diniz, sejam indicados pelo presidente do Senado. Para o líder da oposição na Casa, senador José Agripino Maia (PFL-RN), duas ou, até mesmo, três CPIs em curso não seria conveniente para o Brasil:
– Se houver investigação específica em torno do caso Waldomiro Diniz, que está de certa forma contida na CPI dos Correios, faremos funcionar a CPMI do Waldomiro. A CPI dos Bingos pode ser deixada em “stand by” após a indicação dos membros para poupar energia e gastos– ponderou o senador.
Em entrevista ao programa Atualidade, da Rádio Gaúcha, neste quinta, 22, José Agripino defendeu que a denúncia de que Diniz, ex-assessor da Casa Civil deve ser investigado e acredita que a CPI dos Correios é abrangente, pois fará uma investigação ampla nas ações do Planalto.
O objetivo da CPI dos Bingos é investigar a atuação das casas de jogos no país e apurar o caso do ex-assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz. Ele foi flagrado em vídeo pedindo propina ao empresário de jogos Carlos Augusto Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira. O escândalo veio a público em fevereiro de 2004.
No ano passado, a CPI dos Bingos não chegou a ser instalada no Senado porque os líderes dos partidos governistas não fizeram a indicação de seus integrantes, o que foi questionado no Supremo. Nesta quarta, com 9X 1 o STF tomou decisão favorável ao mandado de segurança requerendo a comissão. Os senadores Pedro Simon (PMDB-RS) e Jorge Bornhausen (PFL-SC) foram os responsáveis pelo mandado.
Com informações da Rádio Gaúcha e agência Reuters.