| 22/06/2005 18h45min
O deputado José Carlos Araújo (PL-BA) acusou a deputada licenciada Raquel Teixeira, atual secretária de Ciência e Tecnologia de Goiás, de querer em seu depoimento ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, nesta quarta, dia 22, prejudicar o deputado Sandro Mabel (PL-GO), possível candidato do partido ao governo de Goiás.
Já para a oposição, o depoimento da deputada licenciada só confirmou o que o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) disse ao conselho na semana passada. Em pouco mais de duas horas de depoimento, a deputada licenciada confirmou ter recebido do deputado Sandro Mabel uma oferta para entrar no PL. A proposta envolvia pagamento de mesada de R$ 30 mil a R$ 50 mil, o chamado "mensalão", além do pagamento de R$ 1 milhão.
A conversa teria ocorrido em 18 de fevereiro de 2004, em um dos plenários do anexo 2, e não foi presenciada por testemunhas. Ela afirmou que, tão logo recebeu a proposta, comunicou-a ao governador de Goiás, Marconi Perillo, que relatou o fato ao presidente Lula, em encontro na cidade de Rio Verde (GO). Durante o depoimento de Raquel Teixeira, Perillo enviou um fax à comissão confirmando a conversa com o presidente. O documento foi lido pelo relator do conselho, deputado Jairo Carneiro (PFL-BA).
Raquel Teixeira afirmou que a proposta feita por Sandro Mabel não foi acompanhada da exigência para ela votar a favor de projetos de interesse do governo. O deputado do PL não teria falado sobre a origem do dinheiro ou da existência de um esquema de mesada para deputados da base aliada. A deputada licenciada disse que na época não denunciou o fato por não ter provas. Ela também lembrou que foi convidada pelo então líder do PSB, Renato Casagrande (ES), a entrar no partido, mas neste caso não houve nenhuma proposta de mesada.
As informações são da Agência Câmara.