| 22/06/2005 11h12min
O senador catarinense Jorge Bornhausen, presidente nacional do PFL, está confiante na instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos, que será julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira, dia 22.
Além de Bornhausen, os senadores José Agripino (PFL-RN), Jefferson Peres (PDT-AM) e Pedro Simon (PMDB-RS) protocolaram, há mais de um ano, o mandado de segurança no STF para pedir que o então presidente do Senado fosse obrigado a indicar nomes de parlamentares para a formação da CPI dos Bingos, também chamada CPI do Waldomiro (Diniz, ex-subchefe da Casa Civil).
A comissão não foi instalada porque os líderes dos partidos aliados ao governo, maioria na Casa, não indicaram seus representantes para a comissão.
– A CPI é o direito de minorias e vai ser instalada. O placar está 4 a 0 e acredito em vitória unânime. Minha expectativa é esta – afirmou o senador em entrevista ao jornalista Mário Motta, da rádio CBN/Diário.
Bornhausen defende que, com a confirmação desta CPI, a investigação sobre as denúncias de corrupção vai abranger os fatos atuais – Correios, mensalão e Instituto Resseguro Brasil (IRB) e passados – em relação aos jogos de bingos, Caixa Econômica Federal, Associação Brasileira de Empresas de Geotecnologias (AGTEC).
– O PFL quer a apuração de tudo. E nós querermos a responsabilidade de quem praticou atos de corrupção. Eles nascem no Executivo, então envolve o governo Lula. Eles terão que ser punidos, assim como os deputados que recebiam propina advindas do poder executivo de licitações fraudulentas que propiciavam caixa dois para o pagamento dessas mesadas – disse.
Na avaliação do senador Jorge Bornhausen, o presidente Lula ainda não exerceu sua autoridade:
– Não há nenhum problema de governabilidade. O que temos é um presidente que ainda não governou desde o início, que não exerceu a sua autoridade, que foi ineficiente.