| 12/06/2005 14h43min
O presidente do Congo, Denis Sassou Nguesso, realiza visita oficial ao Brasil nesta segunda, dia 13. Nguesso, que virá acompanhado de delegação integrada por vários ministros, ficará no país até o dia 19 deste mês.
A visita do presidente inscreve-se no quadro do desenvolvimento das relações do Brasil com o continente africano. A diplomacia brasileira considera o presidente congolês um ativo líder africano, com importante atuação nas questões de prevenção e solução de conflitos no âmbito continental.
As relações diplomáticas entre o Brasil e a República do Congo datam de 1980. Nos anos imediatamente posteriores, o intercâmbio econômico-comercial foi impulsionado, tendo a empresa brasileira Andrade Gutierrez construído uma importante rodovia naquele país.
De acordo com o Itamaraty, a partir de 2000, as exportações brasileiras apresentaram progressivo crescimento, alcançando US$ 21,5 milhões em 2004. Como no restante da África Central, a pauta das exportações brasileiras, ainda que diversificada, apresenta concentração em alimentos processados. Por outro lado, a República do Congo tem importantes reservas de petróleo e de gás natural, estimadas em 93 bilhões de barris e 495 bilhões de metros cúbicos, respectivamente. Os setores madeireiro e de mineração apresentam também perspectivas de cooperação.
Uma missão empresarial brasileira esteve em Brazzaville, capital do país, no período de 28 de julho a 2 de agosto do ano passado, e teve contatos com autoridades e empresários congoleses. Em Brasília, no dia 13 de junho, o presidente Denis Sassou Nguesso manterá conversações com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e será homenageado com almoço no Itamaraty. Visitará, ainda, autoridades da Câmara e do Senado e do Supremo Tribunal Federal (STF). Terá ainda reunião de trabalho com o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
De Brasília, o presidente congolês viaja para São Paulo e Rio de Janeiro. Estão previstos encontros da delegação do Congo com representantes da Associação Comercial de São Paulo, Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Petrobras e Companhia Vale do Rio Doce.
As informações são da Agência Brasil.