| 09/06/2005 15h52min
O capitão aposentado da Polícia Militar, José Fortuna Neves, disse em seu depoimento à Polícia Federal (PF) nesta quinta, 9, que não é o responsável pela gravação do vídeo em Mauricio Marinho fala de um esquema de fraudes nos Correios.
– Ele não mandou fazer nenhuma gravação, desconhece quem fez e não usou essa gravação para acusar o sr. Roberto Jefferson– disse o advogado de Fortuna, Reginaldo Bacci.
Fortuna está preso temporariamente na Superintendência Regional da PF. Ele foi citado pelo deputado federal Roberto Jefferson (PTB) como possível mandante da gravação. O advogado de Fortuna afirmou que seu cliente não mantém relações com Jefferson ou com o consultor de gestão da estatal, Arlindo Gerardo Molina Gonçalves. Ele também é apontado de ser o autor da gravação. Molina foi preso nesta quinta, pela Polícia Federal, no Rio de Janeiro.
Fortuna é proprietário da empresa Atrium que presta serviços de engenharia e tecnologia. Segundo o advogado, Fortuna disse que algumas empresas podem ter sido favorecidas em processos de licitação, mas não possui provas.
– Ele disse que, às vezes, existe o direcionamento, mas que não tem provas disse o advogado, acrescentando que, apesar de ter as melhores condições, a empresa de Fortuna não ganhou as últimas licitações nos Correios.
Segundo Reginaldo Bacci, o ex-comandante da PM atribui essas acusações ao fato de sua influência nos Correios ter sido superestimada.
– Ele pegou o currículo de Marinho e levou a alguns deputados, inclusive ao deputado José Chaves (PTB-PE).
Arlindo Molina e Joel Santos Filho e João Carlos Mancuso Vilela, presos no Paraná, chegarão ainda esta quinta a Brasília para prestar depoimentos à PF.
Com informações da Agência Brasil.