O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados iniciou nesta quarta, dia 8, um processo de cassação contra o deputado Roberto Jefferson, presidente do PTB e quem denunciou que o PT subornava parlamentares. O processo foi aberto a pedido do PL, liderado pelo vice-presidente José Alencar, cujos deputados Jefferson incluiu entre os supostos beneficiados pelo "mensalão" do PT.

O deputado Jairo Carneiro (PFL) foi nomeado relator do caso e anunciou que quer ouvir todas as pessoas citadas por Jefferson na entrevista publicada segunda, dia 6, pela Folha de S.Paulo com as denúncias causaram a grave crise política que afeta o país.

O PL justificou decidiu abrir o processo disciplinar contra Jefferson porque o deputado não apresentou nenhuma prova de suas acusações.

Entre as pessoas que podem prestar depoimento ao Conselho de Ética estão cinco ministros, 25 parlamentares e os jornalistas que entrevistaram Jefferson, que depois das denúncias ficou em uma situação mais que comprometida, segundo diversas fontes políticas.

Nesta quarta, o PT anunciou que apoiará todas as investigações sobre o caso e também outras relacionadas a denúncias de corrupção que envolvem Jefferson diretamente, referentes a irregularidades nos Correios e no Instituto de Resseguros do Brasil (IRB).

O partido também disse que usará todos os mecanismos legais para esclarecer o assunto e deu a entender que processará Jefferson, até semana passada um fiel aliado do governo no Congresso.

Segundo o relator do Conselho de Ética, Jefferson pode ser chamado para depor nesta quinta mesmo, mas o deputado terá direito a escolher outra data caso não esteja de acordo.

Desde que suas denúncias apareceram na imprensa, Jefferson não fez declarações e permanece em seu apartamento em Brasília, onde, segundo repórteres que fazem guarda na frente ao edifício, cantou ópera durante boa parte do dia.

Através de assessores, o deputado disse que não fará declarações até ser convocado para depor no Congresso.

Jefferson também enviou uma mensagem por líderes de seu partido, afirmando ter as provas que todos os setores políticos do país exigem.

As informações são da agência EFE.

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