| 02/06/2005 12h12min
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará no dia 27 sua primeira visita de Estado à Colômbia desde que assumiu o poder, em janeiro de 2003. A informou foi divulgada na quinta, dia 2, pelo Ministério das Relações Exteriores brasileiro.
A visita terá como objetivo reforçar o intercâmbio comercial e as relações políticas entre os dois países, e ainda debater sobre a integração na América do Sul, região dividida entre fomentar o Mercosul e a Comunidade Andina ou institucionalizar a recém-criada Comunidade Sul-Americana.
Durante a visita de Lula a Bogotá também deve ser realizada uma reunião de negócios entre empresários brasileiros e colombianos. A segurança na fronteira entre os dois países, na região amazônica, também estará incluída na agenda dos presidentes Lula e Álvaro Uribe. Em janeiro, eles já estiveram reunidos na cidade de Leticia, na Amazônia colombiana.
Nesse encontro, acordos bilaterais perderam força na agenda devido, sobretudo, à tensa relação que existia na época entre Colômbia e Venezuela. O motivo era a prisão do líder guerrilheiro colombiano Rodrigo Granda.
Segundo o governo venezuelano, Granda fora "seqüestrado" em Caracas e entregue às forças de segurança do país vizinho, mas de acordo com a versão de Bogotá o guerrilheiro havia sido detido na cidade colombiana de Cúcuta.
O Brasil é membro do Mercosul, ao lado de Argentina, Paraguai e Uruguai, enquanto a Colômbia integra a Comunidade Andina com Bolívia, Peru, Equador e Venezuela. Em dezembro, estes países, acompanhados de Chile, Guiana e Suriname, lançaram em uma cúpula realizada no Peru a Comunidade Sul-Americana, um novo mecanismo de integração que, na opinião de alguns deve acabar absorvendo o Mercosul e a Comunidade Andina. No entanto, entre os membros deste nascente bloco há divergências no que diz respeito à velocidade com que deve ser impulsionado o processo de unidade regional.
O Brasil pretende acelerar a institucionalização da Comunidade Sul-Americana, mas outros países, entre eles Colômbia e Argentina, sustentam que primeiro devem consolidar-se os mecanismos já existentes.
Entre os diversos assuntos que Lula e Uribe deverão discutir em Bogotá estão também diversos projetos pendentes dirigidos à construção de infra-estruturas para melhorar a integração física entre ambas as nações.
As informações são da agência EFE.