| 01/06/2005 07h12min
Somente a Timemania, nova loteria de clubes, e a venda do meia Anderson para o futebol europeu poderão salvar as finanças do tricolor. A conclusão é do presidente do Conselho Fiscal do Grêmio, Valdair João Sanfelice. A dívida de curto prazo do clube é estimada em R$ 45 milhões, sendo que boa parte dela é relativa a ações trabalhistas.
Um dos casos mais graves é o de Tinga, atualmente no Inter. O volante busca na Justiça do Trabalho R$ 2,6 milhões. Depois de perder em todas as instâncias, o Grêmio recorreu ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília.
Há, também, um número elevado de ações cíveis, relativas a cobranças feitas por clubes que venderam jogadores ao Grêmio. O Palmeiras, por exemplo, ainda cobra R$ 2,3 milhões da venda de Paulo Nunes, ocorrida em 2000. O zagueiro Nenê, vendido pelo Corinthians ao Grêmio no mesmo ano, representa uma dívida de R$ 2,2 milhões.
A chamada "folha de pagamentos paralela", referente a acordos com jogadores que deixaram o clube com dinheiro a receber, é outro fator de desestabilização financeira do Grêmio. O caso mais assustador é o do lateral-esquerdo Roger, atualmente no futebol japonês. Com R$ 2,37 milhões a receber em salário e direito de imagem atrasados, Roger aceitou parcelar o débito em 90 prestações, cada uma delas de R$ 26,4 mil.
LUÍS HENRIQUE BENFICA - ZERO HORA