| 28/05/2005 13h28min
O deputado federal gaúcho Pompeo de Mattos deverá ser o indicado pelo PDT para compor a CPI dos Correios. O partido tem uma vaga entre os deputados, e outra entre os senadores.
A relatoria, o cargo mais importante da comissão, deverá ficar com o lboco majoritário da oposição no Senado. O mais cotado no momento é o senador César Borges (PFL-BA).
Já o governo, busca nomear o presidente e o relator da comissão, além de tentar convencer os aliados a indicar somente parlamentares fiéis ao Planalto. O principal foco da estratégia recai sobre o PMDB e o PP, que podem indicar 10 nomes. Somente com o apoio destes dois partidos, o governo garantiria maioria na CPI, que deverá ter 32 integrantes.
Cabe aos líderes dos partidos fazer a indicação dos nomes. O Planalto tem a seu favor o fato de os líderes do PMDB e do PP, José Borba (PMDB-PR) e José Jatene (PP-PR), serem aliados.
– Não podemos entrar na CPI com cartas marcadas – disse o deputado Mendes Ribeiro Filho (PMDB-RS).
Na próxima terça, Mendes deve se reunir com o presidente nacional do PMDB, Michel Temer (SP), para tratar do assunto. O deputado Eliseu Padilha, entretanto, garante que existe acordo pelo qual a bancada do partido – onde a oposição seria maioria – fará as escolhas.
No Senado, PT, PSB, PTB e PL têm direito a indicar juntos quatro nomes. Entre os cotados, estão os senadores Ideli Salvatti (PT-SC), Delcidio Amaral (PT-MS), Saturnino Braga (PSB-RJ) e o líder do PT na Casa, Aloizio Mercadante (SP). O senador, entretanto, tem resistido a aceitar.
Entre os deputados, o governo pretende escalar o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP), mas ele também resiste.
O PSDB e o PFL indicaram os cinco integrantes da comissão. O PSDB destacou os senadores Antero Paes de Barros (MT) e Almeida Lima (SE). O PFL designou César Borges (BA), candidato do partido para ocupar a relatoria da CPI, Heráclito Fortes (PI) e Demóstenes Torres (GO). Segundo o líder do PFL, Agripino Maia (RN), pelo regimento do Congresso, os dois partidos têm direito a ocupar a relatoria por serem, em bloco, os mais numerosos da Casa.
As informações são de Zero Hora.