| 13/11/2001 21h56min
O sul do Afeganistão é a última trincheira dos talibãs, depois que a Aliança do Norte dominou todo o norte do país – com exceção da província de Kunduz – e a capital, Cabul. Nesta terça-feira, dia 13, o líder supremo da milícia, mulá Mohamed Omar, fez um apelo para que a resistência seja mantida, apesar da fuga dos soldados para Kandahar. Omar teria falado durante oito minutos em Kandahar, reduto militar e religioso do Talibã no sul. É ali, na região onde também se esconde Osama bin Laden, que prepara a resistência. Os talibãs teriam recuado para Kandahar para articular o que seria uma guerra de guerrrilhas. Analistas observam que a milícia perdeu cidades do Norte e Cabul sem se desfazer da maior parte de seus recursos militares – homens, tanques, armas e munições. Especialistas russos entendem que a partir de agora a guerra será penosa e longa, porque os talibãs estariam com o poderio militar praticamente intacto. Não é o que pensam observadores britânicos. O modo como as tropas governistas se retiraram e os equipamentos que deixaram para trás não sugerem uma retirada organizada. – Agora é que a guerra começa – disse Abdul Aziz Khan Khilji, representante do Jamiat-e-Ulema Islam (JUI), um partido religioso radical. • Saiba mais em reportagens especiais, entrevistas e artigos de ZH • Veja os locais dominados pela Aliança do Norte