| 19/05/2005 00h02min
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não conseguiu o consenso para reverter, com uma nova votação, a derrubada da indicação do ex-secretário de Justiça de São Paulo, Alexandre de Moraes, como representante da Câmara dos Deputados no Conselho Nacional de Justiça.
Dos 41 votos mínimos necessários para a sua aprovação, a indicação obteve 39, outros 16 contrários e duas abstenções. A nova votação havia sido proposta pelo senador José Sarney (PMDB-AP).
Com a decisão dos senadores, ficou transferida para o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Nelson Jobim, a competência de indicar o nome que representará a Câmara dos Deputados nos próximos dois anos no Conselho
Na reunião que promoveu com as lideranças, Calheiros havia condicionado uma nova votação da matéria a uma posição unânime dos senadores sobre a proposta. Quando a proposta foi apresentada ao plenário, os senadores Jefferson Peres (PDT-AM), Demóstenes Torres (PFL-GO), Sérgio Cabral Filho (PMDB-RJ), Geraldo Mesquita Júnior (PSOL-AC) e Osmar Dias (PDT-PR), posicionaram-se contrários à quebra do regimento interno da Casa. Isso fez com que os líderes do PSDB, Arthur Virgílio Neto (AM), e do PFL, José Agripino Maia (RN), reconhecessem a falta de condições de colocar a matéria em votação, apesar dos apelos do líder do PT, Delcídio Amaral (MS).
– É uma pena que tenhamos lutado tanto pelo Conselho e ele, agora, seja partidarizado por uma vendita política – disse o presidente do Senado.
As informações são da Agência Brasil.