| 04/11/2001 20h01min
O chefe da Liga Árabe, composta por 22 nações, rejeitou neste domingo o apelo feito por Osama bin Laden para que os muçulmanos se juntem em uma guerra santa contra o oeste. Nas suas declarações, ele afirmou que o militante saudita não falou pelos muçulmanos e árabes de todo o mundo. O Egito, mais populoso país árabe, também rejeitou o apelo e disse que o mundo está unido em uma guerra contra o terrorismo. – Há uma guerra entre Bin Laden e o mundo todo – disse a repórteres o ministro de Relações Exteriores do Egito, Ahmad Maher, antes de um encontro dos ministros árabes do Exterior, que se realiza na Síria. O secretário-geral da Liga Árabe, Amr Moussa, que também ocupou o cargo de ministro de Relações Exteriores no Egito, fez eco às declarações de Maher. – Bin Laden não fala no nome de árabes e muçulmanos – disse. Mas o ministro do Exterior da Síria, Farouq al-Shara, criticou fortemente os Estados Unidos pelo seu apoio "ilimitado" a Israel. – Mais do que Israel, os Estados Unidos são os últimos a terem o direito de acusar outros de terrorismo, especialmente sem provas e por razões políticas, porque dão à Israel apoio ilimitado – afirmou Shara, em discurso feito no início do encontro dos ministros árabes. A Síria está na lista, elaborada por Washington, de Estados que são terroristas ou que apóiam grupos considerados terroristas pelos Estados Unidos.