| 05/05/2005 22h51min
Foi uma correria do início ao fim. Jogando no Estádio Jaime Cintra, na noite desta quinta, dia 5, o Inter não soube segurar e nem aproveitar as chances para marcar diante do Paulista, de Jundiaí, e está fora da Copa do Brasil. No tempo normal, o colorado perdeu por 1 a 0. Juliano, aos 37 da segunda etapa, marcou um belo gol. Nas cobranças de pênaltis, Élder Granja desperdiçou. Depois, Perdigão marcou o que seria o terceiro gol do time, mas o juiz não validou e acabou encerrando o jogo.
Sem Fernandão, vetado pelo departamento médico, o Inter se ressentiu, mais uma vez, do homem de referência. Diego e Rafael Sobis, que caem pelos lados do campo, até tiveram oportunidades, mas falta ainda aos dois mais capricho na finalização.
A partida iniciou debaixo de muita correria. O colorado, bem armado, anulava as jogadas do Paulista. O time era uma fortaleza. Num primeiro instante, Gavilán, Perdigão, Tinga e, à frente do goleiro Marcelo, o trio de zagueiros Edinho, Índio e Vinícius, não davam espaço para os atacantes Jéferson e Léo. Isso deixou a partida truncada e com muitas faltas.
O Paulista arriscava com chutes de longa distância. Todos longe da meta de Marcelo. Chance quem teve foi o Inter. Aos 15 minutos, Tinga lançou Sobis atrás da zaga. O atacante arrematou cruzado na frente do gol.
Tinga, aos 27, cruzou. Mas sem ninguém de referência para marcar, a bola passou por toda a extensão da área de Rafael. Aos 34, Jorge Wagner acertou a rede do gol defendido pelo time de Wagner Mancini, mas pelo lado de fora, após uma cobrança de falta da lateral do gramado.
A equipe do interior paulista teve uma boa oportunidade com Mossoró, aos 23, quando o craque do Paulista roubou a bola de Perdigão e foi para cima da defesa colorada. Ele deu um passe preciso para Jéferson, que desperdiçou. Muricy e os jogadores foram para o vestiário satisfeitos com o resultado.
Na segunda etapa, as coisas se inverteram. Wagner Mancini mexeu na equipe e o Paulista cresceu. Primeiro trocou o atacante Léo pelo centroavante Abraão. Depois, trocou o volante Amaral pelo meia Juliano. O time foi para cima do colorado e as chances começaram a surgir. O Inter sofria com a pressão do Paulista, encolhido atrás, na expectativa de encaixar com precisão um contra-ataque. E teve a oportunidade nos pés de Sobis. Ele invadiu a área, driblou o zagueiro, mas na cara do goleiro tocou para fora. Antes, o colorado esteve perto do gol com Índio acertando cabeceio na trave, aos oito minutos.
O Paulista respondeu na medida. Cristian acertou a trave em falta aos 17. O relógio marcava 36 minutos. Dois minutos depois, o gol do Paulista. Numa boa jogada, Abraão encostou para Juliano fazer o 1 a 0, levando a decisão para os pênaltis.
E nos pênaltis o que não faltou foi emoção, confusão e polêmica. O zagueiro Anderson saiu batendo e guardou no canto direito de Marcelo. O Inter respondeu com Jorge Wagner. O meia colocou no ângulo de Rafael. Mossoró fugiu a regra de que craque geralmente erra. Ele bateu com categoria e deixou o Paulista na frente. Na cobrança de Rafael Sobis, um susto. O atacante cobrou rasteiro, a bola rasgou a rede dando a impressão de ter ido para fora: 2 a 2. Cristian, com precisão guardou no alto.
Então, Élder Granja resolveu inventar. Na última hora, mudou o canto do chute. Bateu com o lado de dentro do pé, sem muita força, e facilitou a vida de Rafael, que espalmou. Na cobrança seguinte, Jéferson tocou rasteirinho no canto e guardou. Marcelo quase chegou na bola: 4 a 2.
Chegara a vez de Perdigão. Ele tinha a orbigação de marcar para deixar o colorado com chances por, pelo menos, mais uma cobrança do Paulista. O volante chutou forte no ângulo. A bola bateu na trave e caiu dentro do gol, ultrapassando toda a linha. Gol legítimo. Mas o árbitro não deu e encerrou a partida. O Inter estava fora da Copa do Brasil.
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