| 23/10/2001 22h33min
Santa Catarina deve ganhar US$ 40 milhões (cerca de R$ 109 milhões) pela exploração de todo o petróleo do poço descoberto pela Petrobras no litoral catarinense. O valor corresponde à taxa de concessão de exploração (royalties) que é paga a estados e municípios onde a jazida está localizada. Esse número, entretanto, é uma estimativa e se baseia na possível extração de 40 milhões de barris ao longo de 10 anos. O poço terá que passar por um processo de avaliação para saber se ele é viável economicamente. Se o poço tiver menos do que o previsto, a exploração pode ser descartada. A Agência Nacional de Petróleo (ANP) deu um prazo até agosto de 2003 para conclusão do Plano de Avaliação da Descoberta. Neste período, serão realizados um levantamento sísmico e a perfuração de um outro poço. A identificação de um segundo ponto com presença de óleo, a cerca de dois quilômetros de distância, é fundamental para comprovar que o volume é suficiente. Um dos agravantes é que o poço está numa grande profundidade, cerca de 5 mil metros, o que encarece o processo. Por outro lado, o óleo extraído na região é de alta qualidade, por ser leve e de fácil processamento, por isso tem boa aceitação no mercado. O gerente-geral da Unidade de Negócios, Exploração e Produção do Sul da Petrobras, Fernando Borges, explicou que se a exploração for considerada viável, o próximo passo será a licença ambiental, que leva em média um ano para ser liberada. Entre outras coisas, serão analisados os impactos ambientais da planta de tratamento. Por último, a empresa terá que desenvolver um plano de exploração.
VIVIANE ARAÚJO / DIÁRIO CATARINENSE