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 | 12/04/2005 18h22min

Senadores do PMDB divulgam nota de solidariedade a Jucá

Partido permance dividido sobre defesa do minsitro da Previdência

Os senadores do PMDB divulgaram nesta terça, dia 12, um documento de apoio ao ministro da Previdência, Romero Jucá, bombardeado por acusações de irregularidades em Roraima. Outros peemedebistas, no entanto, preferiram a cautela ao evitar fazer defesas concretas do ministro.

 Os 17 senadores que até o início da tarde tinha assinado o documento classificaram as denúncias de "vazias não baseadas em nenhuma prova, ataques sobre antigas acusações de adversários políticos de seu Estado, já totalmente esclarecidos".

O líder do PMDB no Senado, Ney Suassuna (PB), que tomou a iniciativa de recolher as assinaturas, garantiu que Jucá tem apoio da maioria do partido e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

– O cargo é do presidente da República. É ele quem nomeia e demite ministros. Mas o ministro Jucá tem apoio da maioria esmagadora da bancada e do presidente porque se sabe que são denúncias requentadas – afirmou Suassuna a jornalistas.

Segundo notícias veiculadas desde a posse de Jucá no final do mês passado, o ministro tomou um empréstimo em nome da empresa Frangonorte, da qual foi sócio nos anos 1990, e teria oferecido como garantia ao Banco da Amazônia (Basa) sete propriedades rurais inexistentes no Amazonas. O dinheiro do empréstimo tem origem em um fundo de recursos públicos.

Nesta semana, surgiram novas denúncias, incluindo o suposto uso de pessoal ligado  à prefeitura de Boa Vista em sua campanha para o Senado em 2002 e outras irregularidades com a Receita.

Com as denúncias contra Jucá crescendo na imprensa, o PMDB tem se dividio em relação ao ministro. Peemedebistas aliados do governo não o defendem com tanta veemência e os oposicionistas mantém a posição de não apóia-lo porque não teria sido indicação do partido.

O ex-governador do Rio Anthony Garotinho, um dos líderes da ala oposicionista do PMDB, mostrou essa posição e ainda aproveitou para alfinetar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

– Como eu não participei da indicação do Jucá, cabe às pessoas que o indicaram fazer a defesa do ministro. Sei que dentro do partido ele é uma pessoa bastante respeitada – afirmou o atual secretário de governo do Rio de Janeiro.

Renan teria sido um dos articuladores da indicação de Jucá, que substituiu o senador Amir Lando (PMDB-RO), na pasta da Previdência. Antes da saída de Lando do ministério, o PMDB no Senado também divulgou um documento de desagravo afirmando que o senador por Rondônia tinha apoio da maioria da bancada. O abaixo-assinado, iniciativa do suplente de Lando Mario Calixto, teve a assinatura de Jucá.

Com informações da agência Reuters e Agência Brasil.

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