| 07/04/2005 22h20min
Os torcedores que foram ao Beira-Rio na noite desta quinta, dia 7, assistiram ao time de Muricy Ramalho derrotar o Friburguense por 4 a 0. O placar foi conquistado em duas cobranças de pênalti de Jorge Wagner, aos 17 e aos 40 minutos, e em dois lances de Fernandão, aos 43 e aos 45. Tudo na segunda etapa. Agora, o colorado enfrentará o Paulista, de Jundiaí, nas oitavas-de-final da Copa do Brasil.
O 15 de Novembro, adversário do Inter neste domingo, dia 10, pelo primeiro jogo da final do Gauchão, deve ter ficado assustado. Se a equipe de Muricy Ramalho tivesse acertado todas as oportunidades de gol que criou na noite desta quinta, o Friburguense sairia do Beira-Rio sob uma goleada retumbante.
Não poderia ser diferente. O Inter começou a partida amassando o Friburguense. Nem o calor sufocante no início do jogo, típico do Rio de Janeiro – os termômetros marcavam 30º – frearam o ímpeto colorado. Mas nenhuma chance era convertida em gol.
O atacante Rafael Sobis foi eleito por parte dos torcedores como o culpado pelo desperdício. Porém, com personalidade, o jogador não se abateu. Seguiu firme no ataque e criou duas oportunidades claras de gol. No final do primeiro tempo, ele exigiu do goleiro Jéfferson uma grande intervenção.
O Friburguense, acuado no seu campo, sofria com as jogadas pelos flancos. Élder Granja, pela direita, e Jorge Wagner, pela esquerda, infernizaram a defesa carioca. Só quem estava calmo e sereno na equipe do Rio de Janeiro era Jéfferson, o goleiro. No primeiro tempo ele fez cinco grandes defesas. Wellington teve duas chances, mas parou no goleiro. Fernandão, aos 27, nu chiute cruzado. Jéfferson s esticou todo e tocou para fora..Aos 44, Sobis roubou na linha da área, entrou a dribles e o deslocou. Caído, ele salvou com a perna.
O tempo passava, o gol não saía e a torcida inquieta tornou a vaiar. O Friburguense se aproveitou destes poucos minutos de instabilidade. Aos 25, ainda da intermediária, o meia Bidu por muito pouco não acertou o ângulo direito. Aos 36 minutos, Sérgio Gomes chutou de dentro da área. André fez boa defesa. E foi só.
O segundo tempo manteve a tônica do primeiro: Inter ataca, Jéfferson salva o Friburguense. Entretanto, o calor e a pressão sobre o colorado começaram a diminuir com o vento que batia pelos lados do Beira-Rio. Com dois jogadores expulsos – Victor Hugo, que segurou Élder Granja, e o goleiro Jéferson, que cometeu pênalti em Fernandão depois de um belo lançamento de Jorge Wagner – a equipe carioca não teve mais como segurar o time colorado. O ala-esquerdo cobrou com força no canto do goleiro Leo, o reserva, que entrou no lugar de Marquinhos.
Com nove jogadores, o time carioca não teve mais forças para uma reação. Daniel ainda bateu uma falta perigosa aos 35. O susto de uma possível decisão nos pênaltis, caso a partida terminasse 1 a 1, acordou o time colorado. Os torcedores já começavam a se movimentar nas arquibancadas para deixarem o estádio quando, aos 42, Diogo entrou driblando pela ponta-esquerda e caiu. O juiz marcou pênalti. Jorge Wagner, mais uma vez, colocou forte. E dessa vez Leo nem no canto certo foi.
Faltava ele, Fernandão. O craque colorado, aos 43, recebeu passe na área e colocou na saída do goleiro. Ainda tinha mais. Aos 45, ele entrou livre pela esquerda, depois de lance de Vinícius, marcando um bonito gol por cobertura.
Sim, o 15 de Novembro deve ter ficado assustado. O Inter mostrou que tem bala na agulha até o final do jogo.
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RODRIGO CELENTE