| 24/03/2005 16h59min
Recém-nomeado ministro da Previdência Social pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Romero Jucá admitiu que não terá controle absoluto sobre as nomeações de cargos importantes na pasta. Essa era uma das principais reclamações de Amir Lando, antecessor de Jucá, ambos indicações do PMDB. Lando argumentava que tinha comando limitado para indicar e destituir diretores e assessores, e que a maior parte dos cargos era loteada por indicações do PT.
– A escolha e a nomeação são do presidente Lula, o que vamos fazer é discutir nomes e perfis – afirmou Jucá a jornalistas nesta quinta-feira ao anunciar um pacote de medidas para reduzir o déficit da Previdência em 5,8 bilhões de reais neste ano e de 14 bilhões de reais no próximo.
Jucá, no entanto, fez questão de dizer que sua pasta "tem comando" e cumprirá a decisão do governo de realizar as mudanças necessárias para melhorar a gestão financeira do sistema de aposentadorias.
No anúncio, estavam presentes também os ministros da Fazenda, Antônio Palocci, da Casa Civil, José Dirceu, e do Planejamento, Paulo Bernardo.
– Viemos acompanhá-lo para deixar claro para a sociedade brasileira que o ministro Romero Jucá terá o apoio de todo o governo – afirmou Jucá.
Dirceu aproveitou para responder mais uma vez às críticas da oposição de que o governo elevou os gastos públicos.
– Nosso objetivo neste ano é melhorar a eficiência e gestão da máquina pública e reduzir os déficits e gastos – afirmou Dirceu, ressaltando não há margem para diminuir os gastos sociais, mas que o governo pode ser mais ofensivo no combate a fraudes para aumentar a receita.
Paulo Bernardo prometeu apresentar em pouco mais de um mês medidas concretas para redução de gastos de todo o governo.
– Vamos fazer mudanças no processo de compras, licitações, medidas desburocratizantes para termos mais agilidade e controle – prometeu.
As informações são da agência Reuters.