| 14/03/2005 15h04min
O papa João Paulo II pode ter de manter o tubo na garganta pelo resto da vida, afirmaram especialistas médicos na segunda, dia 14. Isso aumenta o risco de infecções. O pontífice de 84 anos recebeu alta no domingo, depois de ficar internado para a realização de uma traqueostomia no dia 24 de fevereiro.
Os assistentes de João Paulo II terão de se familiarizar com uma série de tubos, máquinas e filtros utilizados por pacientes que sofreram traqueostomia. O maior risco é o de uma infecção, embora os especialistas afirmem que ele é significativamente reduzido se o tubo, conhecido como cânula, for mantido limpo.
O papa vai continuar fazendo terapia de recuperação para a respiração e para a fala no Vaticano. Os especialistas ouvidos pela agência de notícias Reuters (Khalid Ghufoor dos hospitais St Bartholomew e The Royal London; e professor Roberto Filipo, especialista em garganta da Universidade de Roma) disseram que o papa deve ter de ficar com o dispositivo pelo resto da vida, pelo fato de também sofrer da doença de Parkinson, um problema neurológico degenerativo que causa rigidez muscular e afeta a respiração.
O pontífice falou em público pela primeira vez no domingo, e os médicos disseram que ele poderá usar a voz com moderação. João Paulo II designou cardeais para presidir os eventos da Semana Santa, entre 20 e 27 de março.
As informações são da agência Reuters.