| 11/03/2005 16h44min
Criadas a campo nas fazendas da Metade Sul do Rio Grande do Sul, 4,5 mil cabeças de gado estão embretadas em exíguos 22 hectares da Associação Rural de Pelotas. A boiada, ocupando área 163 vezes menor do que a indicada à proporção do rebanho, passa por um período de adaptação antes de ser confinada em um navio rumo ao Líbano.
Trata-se da primeira negociação entre pecuaristas gaúchos e a empresa Livestock, subsidiária brasileira de uma multinacional da Jordânia especializada na compra e venda de gado para o Oriente Médio. No total, os jordanianos estão comprando 8,5 mil reses, entre terneiros e novilhos, em uma negociação de R$ 4 milhões – nos próximos dias, os 4 mil animais restantes devem chegar à Associação Rural de Pelotas. O embarque dos animais para o Líbano, a partir do porto de Rio Grande, está previsto para a próxima quinta-feira.
– Estamos vendendo a R$ 1,50 o quilo vivo, o melhor preço do mercado gaúcho atualmente. E o pagamento é à vista, coisa rara nos dias de hoje – comemora o corretor pecuário Antônio Carlos Gonçalves, articulador da vinda da Livestock para o Brasil.