| 06/10/2001 11h06min
Confirmado no cargo ontem, após uma semana inteira de críticas da oposição e de membros do governo, o ministro da Economia da Argentina, Domingo Cavallo, prepara novo pacote. As medidas econômicas deverão ser baixadas, provavelmente, logo após as eleições do dia 14. Ontem ao fim da tarde, o chefe do gabinete de ministros, Chrystian Colombo, confirmou que o governo está elaborando um pacote, mas não entrou em detalhes. Esta é considerada a última chance do ministro – e do próprio país – que desde março tenta estabilizar sua economia. Cavallo reafirmou à noite que a Argentina “vai manter a conversibilidade” (um peso tem valor igual a um dólar), descartando a desvalorização e uma possível dolarização, considerada no dia anterior por Colombo a medida menos onerosa para o país e os argentinos. Especulações no meio governamental e no centro financeiro de Buenos Aires indicavam ontem que o pacote incluiria drástica redução dos gastos dos ministérios neste último trimestre, preservando somente as verbas destinadas aos salários e os serviços públicos consumidos pelo Estado. O pacote também preveria o refinancimento das dívidas das províncias. A idéia é fazer os bancos participarem dessa operação, aceitando em troca um bônus com juros baixos. A manobra fiscal com as províncias incluiria o tão esperado bônus federal, que substituiria os diversos bônus provinciais. A equipe econômica estaria planejando um “perdão” tributário.