| 07/03/2005 10h32min
Com a seca que tem deixado centenas de famílias do interior sem água até mesmo para beber, o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Condema) decidiu partir para a ação, determinando medidas de racionalização em Santa Maria. Para que as limitações passem a valer de fato, é preciso que a prefeitura assine um decreto limitando o uso da água na cidade. A decisão poderá sair ainda nesta segunda, dia 7, em uma reunião do prefeito interino, Werner Rempel, com o secretário de Proteção Ambiental, Heitor Peretti. Ontem, o encontro não tinha hora confirmada.
– Existe uma situação de seca na cidade sem previsão de chuva. Há possibilidade de assinarmos o decreto nesta segunda, dia 7. Tudo dependerá da avaliação com o secretário – disse Werner.
Apesar de a situação de emergência já ter sido decretada, a zona urbana de Santa Maria ainda não sofre com os racionamentos. Mas as medidas definidas em uma reunião do Condema na última sexta-feira vão desde a proibição de lavagem de veículos com lava jatos até a rega das plantas com mangueiras e lavagem de calçadas.
Peretti, que participou da elaboração do documento do Condena, defende que o decreto seja assinado o mais rápido possível. O secretário de Proteção Ambiental diz que o documento é extremamente necessário para evitar o racionamento em Santa Maria, situação considerada limite.
Segundo Peretti, a reunião desta segunda deverá definir um valor de multa para quem descumprir a determinação. A medida é uma das orientações do Condema. Segundo o órgão, a cidade teria água para, no máximo, dois meses sem enfrentar racionamento. Para os serviços que dependem de grande quantidade de água, a possibilidade de um decreto racionalizando o uso do líquido é vista de forma assustadora.
IARA LEMOS - DIÁRIO DE SANTA MARIA