| 06/03/2005 22h20min
O engenheiro paulista Takeshi Imai poderá fazer em Erechim uma demonstração do método de semeadura de nuvens que fez chover em Santa Catarina na última sexta, dia 4.
Takeshi apresentou a técnica da chuva induzida à diretoria da Corsan em 21 de fevereiro. Ele criou o Projeto de Modificações Naturais do Clima e do Ambiente (Modclima), que atuou por 18 meses em São Paulo. O método permite chuva provocada em áreas isoladas, por períodos que variam de uma a três horas.
A equipe de Takeshi está na cidade catarinense de Joaçaba, a 110 quilômetros de Erechim, à espera de que se formem nuvens sobre o norte gaúcho. Para que se torne possível induzir a chuva, são necessárias nuvens pequenas, de dois a três quilômetros de altura. Ao atravessar a nuvem, a aeronave borrifa gotas de água potável. Cada litro de água bombardeado pode produzir 500 mil litros de chuva.
Além da falta de nuvens, há a incerteza quanto ao pagamento da despesa, calculada em R$ 1,8 mil para cada hora de vôo. O governo gaúcho, porém, não se manifestou. Neste domingo, dia 6, o diretor de Operações da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), Jorge Accorsi, lembrou que o engenheiro Takeshi havia prometido realizar uma demonstração gratuita.
Takeshi deu a entender que gostaria de receber alguma recompensa, caso faça chover sobre Erechim. No entanto, assegurou que pagará do próprio bolso, se for necessário, porque deseja mostrar o método aos gaúchos.
O Rio Grande do Sul tem 407 dos 496 municípios gaúchos estavam em situação de emergência devido à estiagem, além de 19 cidades sob racionamento de água.
As informações são de Zero Hora.
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