| 04/03/2005 19h39min
As quatro usinas hidrelétricas do Sistema Jacuí (Dona Francisca, Itaúba, Passo Real e Jacuí), da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), passaram a gerar 45% da energia programada para março. O objetivo é preservar o principal reservatório de água gaúcho. As usinas respondem por 66% do potencial hídrico do Estado.
Na semana passada, a produção de energia destas usinas esteve na média de 550 Megawatts (MW). Agora, a geração caiu para cerca de 250 MW.
O secretário de Energia, Valdir Andres, explica que a medida dobra a capacidade de atendimento do reservatório que alimenta com água as quatro usinas do Sistema Jacuí.
– Com a menor geração própria de energia, ampliamos de 45 para 90 dias o período que o Estado deve suportar a falta de chuvas.
Com a menor geração própria, a importação de energia pelo Estado subiu de uma média de 2.200 MW (70%) para 2.600 MW (83%). A média de consumo do Estado tem se situado em 3.100 MW.
O diretor-executivo do Grupo de Trabalho que acompanha a situação da estiagem sobre o abastecimento de energia no RS, Paulo Blessmann, afirma que o Rio Grande do Sul trabalha com uma margem de risco de 18%. O normal no setor elétrico, lembra Blessmann, é 5%.
O secretário de Energia, Minas e Comunicações está na Argentina para tratar da retomada do fornecimento de gás natural para a Usina Termelétrica de Uruguaiana, que tem 500 MW de potência. Andres espera que nos próximos dias possa haver a volta da produção de pelo menos 200 MW na unidade.
Na próxima segunda, em Florianópolis (SC), o Grupo de Trabalho do RS se reúne com o Operador Nacional do Sistema (ONS) para avaliar a situação atual do abastecimento energético no Rio Grande do Sul.
Levantamento do governo gaúcho sobre a situação das cooperativas responsáveis por 17 Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) no Interior revela que a produção está, em média, em 20%. As unidades são ligadas à Federação das Cooperativas de Energia e Telefonia e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul (Fecoergs). Entre as nove cooperativas, apenas a Cermissões paralisou a geração de energia.
– A situação só não é mais preocupante porque juntas estas PCHs representam menos de 2% da geração hídrica gaúcha, afirma Andres.
As informações são do site do governo do Estado.