| 11/02/2005 17h20min
A estiagem e a baixa oferta de pasto nos campos nativos do Rio Grande do Sul ameaçam afetar o índice de fertilidade das fêmeas do rebanho bovino e bubalino gaúcho. A preocupação com uma possível redução na natalidade de terneiros na primavera já começa a ser manifestada por pecuaristas da Fronteira Oeste, onde se concentra a maior parte do gado de corte do Estado.
No Estado, nascem a cada ano cerca de 2,8 milhões de reses, e a taxa média de fertilidade das fêmeas é de 50%. Em Alegrete, um dos diretores do Sindicato Rural do município, Alberto Pinheiro Machado Prates, comenta que muitos produtores pretendem ampliar até 15 de março o período de monta dos touros, apostando na mudança das condições climáticas.
– As últimas chuvas ocorreram em dezembro. De lá para cá, a seca impede o rebrote dos campos nativos e há um emagrecimento dos animais, com as vacas deixando de entrar em cio. O percentual médio pode ficar abaixo de 50% – comenta Prates.
A queda no indicador pode significar
prejuízos para os pecuaristas gaúchos que já operam com pequenas margens de lucro. O presidente do Sindicato Rural de Uruguaiana, Walter Arns, explica que os índices de fertilidade ideais ficam acima de 80%.