O setor de suinocultura de Santa Catarina quer recuperar os negócios com o varejo da Rússia, cuja suspensão desde maio já resultou num prejuízo de US$ 20 milhões. A esperança está nas mãos no ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, que viaja hoje para a Rússia onde tentará retomar as exportações vindas do Brasil. O encontro do ministro com as autoridades russas - Ministério da Agricultura e setor sanitário - interessa especialmente aos produtores e à indústria de Santa Catarina, responsáveis por 75% das exportações brasileiras para aquele país. Os negócios com o varejo russo foram prejudicados pela crise da febre aftosa no Rio Grande do Sul, que resultou na suspensão das exportações catarinenses. Depois de visitas de técnicos russos à Santa Catarina - que atestaram a inexistência do vírus no Estado e as boas condições sanitárias e de fiscalização na fronteira - a exportação de carne no atacado (em cortes e pedaços) foi retomada com as indústrias russas. Mas os negócios com o varejo, que abrangem subprodutos, continuam comprometidos. A queda nas vendas externas destes produtos chegou a 80%, significando um enorme rombo para o setor e também para as finanças do governo do Estado. A ida de Pratini à Rússia foi um pedido da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs). Na viagem, Pratini vai lançar, dia 28, em Moscou, a agência formada por 50% da Sadia e 50% da Perdigão, que vai vender produtos, principalmente suínos e frango, em mercados novos como Oriente Médio, Leste Europeu e Ásia.