| 09/02/2005 13h08min
O Batalhão Ambiental do Rio Grande do Sul está realizando operação em busca de barragens irregulares nos afluentes do Rio Gravataí, que abastece municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre. Muitos proprietários de terras cultivam arroz na bacia do Gravataí, e para manter a irrigação da cultura construíram barragens irregulares em afluentes do rio.
A baixa no Rio Gravataí provocada pela estiagem que atinge o Rio Grande do Sul foi agravada pela redução no fluxo de arroios e córregos represados, obrigando quatro municípios – Alvorada, Viamão, Gravataí e Cachoeirinha – a racionar água. Nas últimas semanas o Batalhão Ambiental desobstruiu 20 barragens construídas sem autorização da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), a maioria localizada nos arrois Águas Claras e Alexandrina.
De acordo com o capitão Rodrigo dos Santos, que comanda a operação, o objetivo da vistoria ao longo da bacia do rio é encontrar os responsáveis pelas lavouras. A operação está sendo realizada em conjunto com a Companhia Estadual de Saneamento (Corsan), responsável pelo abastecimento de água nos municípios banhados pelo Rio Gravataí.
Santos destaca que 60% dos proprietáros das lavouras já foram identificados. Eles serão notificados e podem responder por crime ambiental. A Patrulha Ambiental da Brigada Militar prepara um relatório que será enviado para a Fepam e que pode resultar na aplicação de multas de R$ 500 a R$ 10 milhões, dependendo da proporção do prejuízo causado.
Conforme o presidente substituto da Corsan, Jorge Melo, o nível do Rio Gravataí voltou a subir depois que algumas barragens irregulares foram destruídas. A situação da cultura de arroz no Estado é crítica porque mais da metade do 1,03 milhão de hectares semeados estão na fase reprodutiva ou de maturação, nas quais a abundância de água é fundamental para a cultura.
As informações são da Rádio Gaúcha.