| 17/09/2001 07h12min
Depois de quase uma semana paralisada, a Bolsa de Nova York (Nyse) reiniciará suas atividades hoje, às 10h30min (horário de Brasília), com dois minutos de silêncio em homenagem às vítimas dos atentados no World Trade Center. Os mercados mundiais aguardam com ansiedade a reabertura para definir o rumo de seus negócios. A Nasdaq, pregão eletrônico das companhias de tecnologia e de Internet, também reabrirá hoje. A previsão é de que Wall Street tenha hoje um dia de grande redução nos negócios. Apesar dos apelos para que os investidores comprem ações, as estimativas são de uma queda de pelo menos 10%, com os papéis de empresas aéreas e seguradoras desabando. Se o tombo for forte e consistente, será um tiro de misericórdia na economia americana. Os serviços financeiros têm um peso de 3% no Produto Interno Bruto americano e o comportamento das ações é um importante sinal de confiança dos investidores. Quedas fortes podem indicar uma retração do consumo no futuro, o que seria um forte golpe para os Estados Unidos e para a economia global. A agência de classificação de risco Moody’s considera o reflexo limitado e prevê que o risco de uma recessão mundial seja pequeno. A agência não descarta que haja uma repercussão negativa no mercado financeiro em um primeiro momento. Mas isso, destaca a Moody’s, deve-se principalmente ao efeito psicológico que os ataques provocaram na autoconfiança norte-americana e não a efeitos reais na economia do país. O Federal Reserve (Fed), banco central nos EUA, anunciou um acordo com o banco central britânico para garantir a disponibilidade de recursos entre as instituições. O acordo foi o terceiro do tipo anunciado pelo BC norte-americano em dois dias. O acordo prevê que o banco central britânico pode sacar até US$ 30 bilhões em troca de libras esterlinas. O Fed firmou acordos semelhantes com Banco do Canadá, no valor de US$ 10 bilhões, e com o Banco Central Europeu, no valor de US$ 50 bilhões.